A “Fazenda de Verão” já é a sexta edição do reality rural da Record − contando com as versões de subcelebridades, é claro − e o terceiro ano consecutivo que a emissora prova não estar preparada para colocar no ar este tipo de programa.
Na edição exibida na noite de 11 de dezembro, terça-feira, Rodrigo Faro fez questão de ressaltar que era o apresentador de um “reality show de verdade”. Tal declaração foi feita pouco antes de mostrar a desistência de Haysam do jogo.
O que Faro não relembrou aos telespectadores, no entanto, foi que aquela já era a terceira vez que um confinado batia o sino, gesto que sinaliza o desejo de sair da atração (Ele só comentou “mais um participante deixou a disputa”, o que não é esclarecedor para quem não estar por dentro de todos os acontecimentos). Isso sem contar a expulsão de Lucas, o que totaliza quatro baixas, desconsiderando as eliminações tradicionais pela Roça.
E o que dizer sobre a interrupção da transmissão do programa 24h, pela internet? Quem assistia, só soube da saída do publicitário horas depois, e a partir de comentários dos demais competidores.
Situação quase semelhante foi o que aconteceu na Festa Cuba, quando o responsável pela transmissão mudou bruscamente a câmera, preferindo focalizar o gramado a mostrar Angelis e Manoella se beijando. Isso foi às 3h da madrugada e pela web.
Não querer transmitir a cena em horário nobre, seja por qual for o motivo, é algo completamente diferente. Portanto, tal atitude não se justifica. A produção da “Fazenda de Verão” sabia do envolvimento da assessora de imprensa com mulheres. Logo, se é um “reality show de verdade”, nada mais natural que os participantes agissem de acordo com a “realidade”.
Não existe um botão de “pause” na vida para soltar o “play” só quando mais for conveniente. É devido a momentos como esse que a emissora tem aumentado cada vez mais sua imensa lista de falhas no quesito reality show.
Tais acontecimentos chegam até mesmo a colocar em dúvida a própria credibilidade da Record. Isso porque, se os ex-peões desistiram mesmo por livre e espontânea vontade, os próprios critérios de seleção já se mostram completamente inadequados. E a expulsão de Lucas? Muito se comentou sobre a possibilidade de ele ter sido contratado para “causar”. Porém, se isso não aconteceu, cai-se de novo na questão do péssimo método de escolha de concorrentes.
Talvez seja mesmo a hora de reconsiderar o cancelamento de uma próxima edição da “Fazenda de Verão” e, se continuar assim, até da própria “A Fazenda”.
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